terça-feira, 23 de março de 2010

167 - REUNIÃO DA SECÇÃO DE CICLOTURISMO DA JUVENTUDE DESPORTIVA DAS FONTAÍNHAS.


Domingo à noite, pelas 21h3o, vamos fazer uma reunião da secção de cicloturismo da Juventude Desportiva das Fontaínhas, na sede do clube, a fim de debatermos o estado da secção.
O objectivo é criarmos condições para a continuidade da secção, por se ter originado uma certa crise de liderança com contornos que ainda não entendi muito bem.
Apelo a todos os que não foi possível informar para estarem presentes, para não deixarmos extinguir o cicloturismo no clube, já que somos o único clube de Albufeira.

166 - DOMINGO NAS TERRAS DE SANTA MARIA


Domingo, dia 28 de Março realiza-se mais um Passeio nas Terras de Santa Maria, organizado pela União de Ciclismo Tavirense.
Como é meu costume irei estar presente, o percurso costuma ser interessante e naquela terra respira-se ciclismo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

165 - JOÃO ESPADA E O CICLOTURISMO NA JUVENTUDE DESPORTIVA DAS FONTAÍNHAS


Fiquei a saber que o nosso dedicado João Espada, a quem muito devemos no Cicloturismo da Juventude Desportiva das Fontaínhas, e não só, pois a ele se devem muitas outras iniciativas no âmbito do Cicloturismo, bem como ao serviço da Associação de Ciclismo do Algarve, está muito desapontado com a situação que se vive no seio do clube que representamos no que respeita à nossa secção.
Sem poder aprofundar-me muito no debate desta questão, por não conhecer muito bem os seus contornos, parece-me que o problema é o mesmo que outras secções de ciclismo estão a viver por esse país fora. O mesmo se passou em Portimão, em Messines, na Figueira. A crise bateu à porta das colectividades desportivas, e tem havido um movimento generalizado para afastar as modalidades que não sejam o futebol ou o futsal. Vimos isso primeiro no Benfica, Sporting, Porto, etc., e depois acabou por nos tocar a nós.
Não vou aqui discutir os problemas das colectividades, pois não sou mandatado por ninguém para isso. Falo somente como como praticante de cicloturismo da Juventude Desportiva das Fontaínhas. Temos servido e servimo-nos durante muitos anos desta colectividade que muito prezamos. E se hoje a hora é de apertar o cinto creio que estamos prontos para colaborar no que for preciso. É preciso a nossa contribuição monetária? Então nós contribuiremos.
Organize-se uma reunião para debatermos o que podemos fazer para ajudar o clube e salvarmos a secção de cicloturismo.
E João Espada, não queremos que nos abandones por te sentires injustiçado ou que não tenhamos manifestado a nossa solidariedade. És necessário ao Fontaínhas e ao Cicloturismo, tens sido fundamental para o êxito das muitas actividades por quem tens dado a cara. A Bênção dos Ciclistas, a Cicloperegrinação, os passeios da Apexa, do Fontaínhas, dos Bombeiros, a Etapa da Volta ao Algarve, e muito mais... Se estas coisas se podiam fazer sem ti? Se calhar podiam, mas não era a mesma coisa.
Sabes que sou ateu. Mas conheço a fundo a tua religião. E vivo-a à minha maneira de ateu. Está na hora de dares a outra face. Mas os membros da secção de Cicloturismo estarão ao teu lado.
Os cicloturistas do clube que queiram sugerir uma data e um local para uma reunião, ou que tenham sugestões a fazer, podem escrever um comentário a este post. Ou enviar um e-mail para chefesantos@sapo.pt. Ou telefonar-me para 289585541 ou 964550015.

quarta-feira, 3 de março de 2010

164 - MONUMENTO AO CICLISTA

Já aqui escrevi uma vez que se há um lugar que deveria ter um monumento ao ciclismo seria a bonita cidade de Tavira, não só pelo grande historial, as vitórias na Volta a Portugal, o facto de Jorge Corvo ter sido um dos mais emblemáticos ciclistas do nosso país, o Ginásio de Tavira e o Clube de Ciclismo de Tavira, mas acima de tudo pela grande quantidade de gente daquela cidade que pratica regularmente a modalidade, e que se expressa num apreciável número de clubes de ciclismo e de eventos de cicloturismo e ciclodesporto.

Loulé, também com grandes tradições na nossa modalidade, e sede da Associação de Ciclismo do Algarve, achou por bem homenagear as suas gentes que tão bem sabem dignificar este desporto, e escolheu uma das suas principais rotundas para erigir um monumento aos ciclistas, no qual não podemos deixar de nos ver reflectidos, sentimos sempre que é uma homenagem a nós próprios, sobretudo quando ali passamos pedalando.É verdade que será um tanto discutível o gosto daquele monumento, mas quem sou eu para debater estas coisas da arte. Gostos não se discutem e eu não tenho qualquer conhecimento de arte.

Mas temos outros monumentos erigidos em homenagem a ciclistas portugueses que muito se distinguiram. Talvez o mais antigo seja aquele em memória de Ribeiro da Silva, que protagonizou grandes duelos com Alves Barbosa, ganhou as Voltas de 1955 e 1957, foi 4º na Vuelta, participou e ajudou Jacques Anquetil a ganhar no Tour, tendo passado em 1º no Tourmalet. Faleceu em 9 de Abril de 1958 num acidente de moto, em plena juventude, quando se augurava uma promissora carreira internacional. A estátua em sua honra encontra-se no Lordelo, Paredes, sua terra natal e grande viveiro de ciclistas.Uma vez mais me questiono quanto ao gosto que leva a escolher este tipo de estátuas. Sei que os artistas não são como nós, mas as estátuas são para o povo as apreciar, e não me parece lá muito que o povo aprecie este tipo de arte. Mas enfim...

Em São João de Vêr, Santa Maria da Feira, terra duma extraordinária equipa de formação, onde têm nascido alguns dos maiores nomes do ciclismo actual ( Filipe Cardoso, André Cardoso, Rui Costa, Ricardo Vilela, Mário Costa, etc) existe um simples mas simpático monumento aos ciclistas
da região e a Cássio Freitas, vencedor da Volta de 1992, grande ciclista brasileiro, uma lenda viva do seu país, até há bem pouco tempo ainda activo.
O maior ciclista português de todos os tempos, responsável pelo meu amor por esta modalidade foi Joaquim Agostinho. Também ele desapareceu tragicamente, e ainda para mais, em plena disputa da Volta ao Algarve. Todos sabem a sua história e as suas estórias. Tem dois monumentos na sua terra, ponto de visita obrigatória de todos os amantes do ciclismo, e alvo de uma merecida romaria anual em sua homenagem.
No Alpe d'Huez, mítica chegada de etapa do Tour, e que ele por duas vezes ganhou, não se esqueceram do "portugais" e ali lhe dedicaram um monumento para que sempre seja lembrado.

Felizmente que quem concebeu e aprovou estas estátuas pensou mais no povo que as admira que nas qualidades artísticas das anteriores.

Um pouco por todo o Mundo há diversos monumentos ao ciclismo ou aos ciclistas, como por exemplo aquele numa área de descanso numa autoestrada nos Pirenéus, e que homenageia a Volta à França, bem conhecido por todos os que ali se deslocam para ver passar os ciclistas nos momentos mais decisivos do Tour.

O artista pôde dar asas à sua criatividade sem conspurcar o gosto das gentes simples como nós.

Também nos Pirenéus, mais exactamente no Col du Tourmalet, existe um monumento incontornável, menos pelo homenageado, Octave Lapize, que já ninguém lembra, e mais pela simbologia do local, já que toda a gente adora ir pelo menos uma vez na vida, tal como os muçulmanos vão a Meca, experimentar o que sentem os nossos heróis ao subir aquela mítica montanha, e se depara com o dito memorial e não pode ficar indiferente, sendo quase que obrigatório fazer uma foto junto dele, como testemunho da passagem por um local tão cheio de emoções.
Não fiquei eu também indiferente, na minha passagem por Cesenático, terra que viu nascer um dos mais extraordinários ciclistas de todos os tempos, e verdadeiro fenómeno de popularidade em Itália, à memória de Marco Pantani, "il pirata". E para que perdurasse para sempre nas minhas recordações também eu mi fiz fotografar junto à sua estátua.
Mas de todos os monumentos que se ergueram ao ciclismo aquele que mais me agrada situa-se na China, na cidade de Tian yu, local de partida da já emblemática Volta ao Lago de Qinghai.
Aqui vos deixo várias imagens do monumento, bem como da sua inauguração aquando da Volta do ano passado, fazendo notar que os chineses não optaram pelo estilo de gosto duvidoso, e que se não existem ainda ciclistas daquele país conhecidos na cena internacional, prece evidente o entusiasmo posto na festa que é o ciclismo.