226 - MARAVILHOSO MUNDO DO CICLISMO.

Uma das coisas que mais me surpreende é que, enquanto o ciclismo profissional enfrenta sérias dificuldades para ir sobrevivendo, a vertente de ciclismo lúdico, só pelo prazer de andar de bicicleta em companhia de camaradas que partilham o mesmo prazer, o chamado cicloturismo, atrai de ano para ano, cada vez mais gente, apesar de se saber que os clubes e colectividades ligadas ao nosso desporto dispõem cada vez menos de meios para acudirem às necessidades dos praticantes desta modalidade. Isto passa-se aqui em Portugal, mas posso constatar exactamente o mesmo quando participo nas provas espanholas.
Respira saúde este nosso desporto! Ao invés de outras disciplinas, o nosso é um desporto onde se nota uma cada vez maior apetência para a sua prática, mesmo sabendo-se que não é uma modalidade barata, antes pelo contrário.
Constata a Federação espanhola que o número de licenças para profissionais, mas também para as camadas jovens cai tragicamente todos os anos, enquanto que as que são passadas para a vertente do cicloturismo têm sofrido um aumento apreciável, bem assim como tem subido drasticamente a quantidade de eventos de cicloturismo organizados no país vizinho. Não disponho dos números de Portugal, mas se pensarmos na imensidão de passeios que se organizaram no Algarve na passada época chegamos facilmente à mesma conclusão.
Tenho para mim que, se é verdade tudo o que acabo de escrever, então será hora para uma grande reflexão, e, as federações, as associações, e todas as entidades envolvidas com o ciclismo começarem a pensar se não terão que começar a orientarem-se cada vez mais para o cicloturismo, se bem que não descurando nunca as outras vertentes, nomeadamente a formação e o ciclismo jovem.
Estamos a meio de Janeiro, é certo que no privilégio do quentinho do Algarve, parecia um dia de Primavera, mas fico espantado com a quantidade de gente que acudiu a esta Bênção dos Ciclistas. Muitos, tantos que o salão onde decorreu o almoço de confraternização foi pequeno para tantos convivas. Gente de todo o Algarve, do Alentejo, gente do BTT, muitos estrangeiros aqui residentes, mas sobretudo, e isso foi uma agradável surpresa, a presença de muitas mulheres e moças, que nos mostra que também elas são cada vez mais na prática deste desporto, e que num domingo de Janeiro, saltaram do aconchego das mantas para se fazerem ao frio e à estrada, mostrando a vitalidade deste desporto.

225 - VOLTA À ANDALUZIA COM PROVA PARA CICLOTURISTAS.

Aproveitando as estructuras da Volta Ciclista à Andaluzia nasce a Volta Cicloturista à Andaluzia. Um acontecimento esperado e amplamente desenvolvido que, para além da prova inicial, tem já previsto um futuro brilhante, tal como a comunidade cicloturista merece.
É o primeiro passo de um projecto, que se espera ver consolidado em datas próximas, com a celebração de 8 provas classificatórias, uma em cada província da Andaluzia, para além de uma prova final de 3 ou 4 dias de duração.
De momento já é uma realidade esta Vuelta Cicloturista a Andalucía, de cujo regulamento extraí alguns dados de interesse:
Data de celebração: 19 de Fevereiro de 2011 (véspera da saída oficial da Vuelta a Andalucía). Hora de saída: 09.30 horas. Chegada entre as 13.20 e as 14.00 horas. Percurso:115 Kms.
Lugar de celebração: Benahavís, Málaga, lugar da partida para a primeira etapa da Volta à Andaluzia.
Inscrições: única e exclusivamente através do site: www.vueltacicloturistaandalucia.es
Máximo de participantes: 400. (Por motivos de infraestruturas em Benahavís).
Idade mínima de participação: 16 anos.
Para poder participar será obrigatório o capacete e dorsal.
Preço de inscrição: 40 Euros (Federados) e 50 Euros (Não Federados). Será oferecido um corta-vento alusivo à corrida, bem como uma bolsa com prendas.
Fecho da inscrição: 7 de Fevereiro de 2011.
Carácter da prova: Não é uma competição, mas sim um passeio de cicloturistas. Ainda assim, para todos os que o desejem fár-se-á a cronometragem da ascensão a Benahavís, pelo que terão que solicitar o respectivo chip aquando da recolha do dorsal, pagando 10 Euros, que serão devolvidos na totalidade quando da entrega do mesmo na linha de meta..
Assistência médica: Haverá duas ambulâncias medicalizadas.
A informação completa completa da Vuelta Cicloturista Andalucía pode ser consultada no site: http://www.vueltacicloturistaandalucia.es/.

224 - COMEÇA A ÉPOCA NO ALGARVE.

É sabido que não sou cristão, nem sequer crente. Mas tenho o maior respeito por aqueles que o são. Do mesmo modo que respeito todos os outros, sejam de que religião ou crença forem.
Parece-me que, independentemente das nossas crenças religiosas, é de certo modo, um dever que todos temos, em estarmos presentes no próximo Domingo, dia 16, junto à igreja se São José, nas Ferreiras, acima de tudo pela causa humanitária que este Passeio encerra: angariar fundos para a ADSA -Associação de Dadores de Sangue e Medula Óssea de Albufeira. Para além de podermos dar as primeiras pedaladas do ano, podemos contribuir para uma boa causa, que a Juventude Desportiva das Fontaínhas e o seu dinamizador, o incansável João Espada, em colaboração com a Associação de Ciclismo do Algarve, em boa-hora organizam.

A Concentração efectua-se na Igreja de S. José, em Ferreiras no dia 16 de Janeiro de 2011 a partir das 08h00, sendo a partida pelas 09h45, prevendo-se a chegada pelas 12h30, no mesmo local.

As inscrições são limitadas e abertas até ao dia 14 de Janeiro de 2011, sendo o seu valor de 12€, com direito a almoço e a todos os Brindes alusivos ao evento, e 3,50€, só passeio, com direito ao prémio de participação e abastecimento, sendo as mesmas pagas no acto da
confirmação, junto da organização e deverão ser feitas pelos Tms: 917 531 332 e 969 480 167 ou por pelo E-mail joaoarauto@hotmail.com

223 - É BOM TER AMIGOS.

Vejam bem estas preciosidades!

Cinco moedas em alumínio de uma colecção completamente desconhecida para mim, que o meu amigo e colega de trabalho, João Cardoso, de Olhão, foi desencantar no seu baú de recordações, e que , sabendo deste meu amor pelo ciclismo, delas me fez oferenda.

Estiveram anos, décadas, guardadas, à espera de virem um dia a fazer as delícias de quem lhes desse valor.

Marino Basso, José Manuel Fuente, o nosso inesquecível Joaquim Agostinho, Luis Ocaña e o enormíssimo Felice Gimondi quem não se recorda deles, nomes que nunca se apagarão da História do Ciclismo.

Seguramente que estas terão feito parte de uma colecção maior, pois desta época falta pelo menos um nome incontornável: o Canibal, o Predador Eddy Merckx, o maior ciclista de todos os tempos, e que seguramente terá feito parte deste conjunto de moedas.

É curioso que eu não soubesse da sua existência. Coleccionei todos os cromos, todas as figuras que esporadicamente foram aparecendo ao longo dos anos, e disto nunca tinha ouvido falar.

Mas em boa hora o meu camarada João Cardoso se recordou delas. É bom ter amigos. São eles que nos proporcionam momentos assim.