domingo, 8 de novembro de 2009

148 - ISLA CRISTINA - MAL, MAL......MUITO BEM!











Desde finais de Agosto que não participava numa cicloturista a sério. Sabia que ia ser difícil, primeiro porque deixei de fumar e engordei 14 !!! quilos, depois porque estive quase um mês doente, sem andar de bicicleta, e isso paga-se caro nestas coisas.
Foi muito difícil hoje, pela primeira vez não conseguia seguir com o pelotão da frente. A juntar aos factos anteriores o vento estava hoje terrível, como nunca tinha visto, e o célebre testículo operado voltou a massacrar-me com dores, impossibilitando-me de sentar no selim a maior parte do tempo. O muito trabalho que tenho tido, por vezes sem ter folga, também não me tem deixado treinar devidamente, e acabei por ter cãibras na parte final da corrida.
Isto foi a parte má do dia de hoje, porque foram mais as coisas boas que as más.
A corrida de hoje teve um incremento substancial do número de participantes. Pode ser que não tenha nada a ver, mas eu acredito que tive muito a ver com isso: a divulgação que fiz do evento em Portugal e entre os clubes da província de Sevilha, onde costumo correr, levou a que se vissem hoje muitos ciclistas pouco habituais por estes sítios. Especialmente agradado fiquei com a numerosa comitiva portuguesa, desde os "habitués" de Vila Real de Santo António até aos nóveis do Centro de Ciclismo de Portimão e do Grupo Desportivo da Torre Natal.
Foi também com agrado que me encontrei com os camaradas de Espartinas e com o velho amigo Juan, de Huelva, que conheci um dia em Málaga, e que me deu a conhecer esta corrida, que não fazia parte de nenhum roteiro conhecido. Aqui nos costumamos encontrar, e foi com grata surpresa que recebi dele um equipamento da loja de Huelva onde adquiri a minha bicicleta. Um presente muito especial, e pelo qual estou muito agradecido. Gracias, Juan!!!
Algumas vezes descolei do pelotão, mas sempre houve alguém que teve a preocupação de me rebocar até ele. E se foi um privilégio ser rebocado por David Arroyo e por Pablo Lastras, foi com emoção que vi D. Manuel Carrasco, um homem com 72 anos ficar para trás para me levar de novo ao grupo principal. Outro companheiro de Espartinas inclusivamente me indicava o sítio exacto onde me tinha de colocar atrás dele, a fim de sofrer o menor impacto do vento...
Fica-me também na memória um episódio curioso: à saída de Cartaya, duas "chicas muy guapas" resolveram atravessar a rua em direcção à cabeça do pelotão. A sua beleza tocou de tal forma os ciclistas que toda a gente tirou o pé do pedal, e ouviu-se uma tremenda salva de palmas e assobios de adulação. 400 homens esqueceram por momentos o ciclismo para render homenagem à beleza feminina. Coisas de latinos...

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