segunda-feira, 28 de junho de 2010

182 - ENGÁNCHATE!!!



Por ter corrido no dia 20 em Almeirim tive de abdicar de ir a Zafra, cuja cicloturista decorria na mesma data.
Estive em Zafra há três anos, porque tinha na ideia que era só um saltinho até lá. Ideia que de alguma maneira se enraizou em mim, por ser ribatejano, e ser vulgar, na minha juventude, antes de ter saído da casa onde cresci, deslocarmos-nos àquela cidade para assistirmos a corridas de toiros. Só que de Coruche até lá é uma coisa, e de Albufeira são muitos mais quilómetros.
A "Marcha" de Zafra decorre por um cenário muito semelhante ao do Alentejo, por estradas planas, unindo várias aldeias ostentando cada uma delas um castelo medieval, chamando-se por isso "Ruta de los Castillos".

Para apimentar a corrida escolheram um troço algo montanhoso para se disputar a "roda-livre". Iniciava-se precisamente numa aldeia dominada por uma enorme falésia, que se alcandorava por trás. A ascensão pelas ruas empedradas da aldeia revelou-se dificílima para muitos. "Lo odeo", exclamava um companheiro de Cáceres ao meu lado, enquanto se esforçava, em pé, para não escorregar nas pedras lisas de anos de uso.
Estava em plena forma nessa altura. Sentia-me bem, apesar de montanhas não serem os meus terrenos. Subi facilmente, fui ultrapassando muita gente até ao topo, e chegando ao alto, estava mesmo entre os primeiros. Estava entusiasmadíssimo com a possibilidade de poder mesmo disputar um lugar com os melhores.
Só que, depois de passar o alto, ouço um estoiro na roda de trás, e a bicicleta começa a dançar...Um furo, raios, um furo, agora que estava a corrida a correr tão bem.
Saltei da bicicleta, saquei a roda, tirei o pneu, mudei a câmara de ar, voltei a colocar o pneu, esgatanhei as unhas até fazerem sangue, com a pressa e com os nervos. E os outros a passarem...
Não uso bomba de ar, por ser pouco prática. Em vez disso uso cápsulas de dióxido de carbono, que cabem no bolso. Mas o impensável aconteceu...! As cápsulas que tinha trazido não eram adequadas para o adaptador daquela bicicleta. Eram da outra bicicleta que uso só para me deslocar para o trabalho...
E ali estava eu, sem poder encher a câmara de ar, nem saber o que fazer. Ciclistas continuavam a chegar ao topo e a passar por mim. Será que havia um carro-vassoura? Será que tinham previsto um carro-oficina? Seria melhor telefonar à minha mulher? Ela tinha ido passar o dia com os miúdos ao Parque de Diversões de Badajoz. Tentei, mas no local não tinha rede...
E agora, que fazer? Voltar à aldeia que tínhamos passado, e ir à polícia? Pedir ajuda a alguém...?
Ciclistas continuavam a passar por mim. Tinham passado pelo menos 1o ou 15 minutos e ainda havia gente a subir a estrada da falésia...
Resignei-me, apesar do desespero. Já não havia nada a fazer, tinha que descer até à aldeia e arranjar uma solução.
Mas, chegado o ultimo corredor ao cimo da estrada, muito tempo após me ter acontecido o furo, atrás dele vinha a comitiva, carros de apoio das equipas, carros da organização, e, para minha grande satisfação, um carro equipado para reparações nas bicicletas. Lá de dentro saltou um mecânico com uma bomba na mão. Perguntou se eu já tinha mudado a câmara de ar, e tendo eu confirmado, rapidamente me encheu o pneu. Saltei para a bicicleta e fiz-me ao caminho como um possesso!
Longos minutos depois avistei ao longe o tipo que ia em último. Tinha uma camisola cor de laranja, nunca mais o esqueci. Passei facilmente por ele, contente por a partir de agora, não ser eu o ultimo.
Não haveria de ser o penúltimo também. Após uma curva surgiu outro, com o equipamento igual ao anterior. Eram fracotes, os daquela equipa...E lá adiante seguia um grupinho de três, que ultrapassei a toda a velocidade. E continuei a caçar neles, a malta que segue mais atrás são presa fácil...
Até que apanhei um grupo duns 20 ou 3o, barrigudos a maior parte, alguns com severos e antiquados bigodes. Quando encostei a eles diz-me um: "Has pinchado?" Confirmei que sim, que tinha furado, ao que ele respondeu: "Engánchate", significando que me iria ajudar, que iriam puxar por mim.
Agradeci e coloquei-me na sua roda. Mas depressa percebi que aquela não era a roda certa. Pedalavam penosamente, vagarosamente, tentando arrastar o excesso de peso pela estrada fora. Nem ele, nem nenhum dos que iam com ele me poderiam ajudar. Pelo que, passei para a frente do grupo, e pensei cá para mim:"engánchate tu!!!"
Saltei daquele grupo e segui sozinho por algum tempo. Fui apanhando outros pelo caminho, até que muitos quilómetros depois, consegui chegar ao pelotão. A adrenalina daqueles momentos e bom momento de forma que atravessava tinham levado a que conseguisse, apesar do infortúnio de ter furado, a chegar entre os primeiros.
Ao chegar à meta estava extenuado. Um vizinho do lugar onde a corrida terminou foi à sua casa buscar-me um grande copo de agua, que me soube a salvação.
São estas memórias que me entusiasmam a continuar a amar o ciclismo. Recordo-me muitas vezes destas coisas à noite, antes de adormecer. E durmo feliz então...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

181 - ROTA SOPA DA PEDRA EM ALMEIRIM. FÁCIL.DIFÍCIL.FÁCIL.


Senti-me benfiquista ontem!
Tive o privilégio de alinhar vestido com a camisola da Casa do Benfica de Vila Real de Santo António, no Passeio por Equipas de Almeirim.
Era a minha segunda participação neste evento fantástico, que reúne equipas de cicloturismo de Norte a Sul do país. Tantas, que tendo nós partido em 6º ou 7º lugar, e após completarmos os 71 quilómetros deste contra-relógio por equipas, quando chegámos ainda havia equipas a alinhar à partida. Como no ano passado tive a grata surpresa de encontrar na prova os companheiros do Sotavento, e depois de tantas pedaladas juntos pelas estradas do nosso Algarve, o mais natural seria partilhar equipa com eles, ao que eles prontamente acederam, tendo mesmo trazido uma camisola da equipa, para eu ser mais um deles. Um abraço do tamanho do Mundo para eles, que me acolheram com a maior amizade. Não tenho cor clubística, mas ontem senti-me benfiquista...
Depois de umas semanas seguidas sempre a competir, sentia-me bem fisicamente, bem melhor que no início do ano, quando tinha mais 14 quilos. Ainda não os consegui perder completamente, mas estou no bom caminho. Tinha estado no "Terras do Infante", no "Portimão-Fóia", em Espartinas, e agora era o tira-teimas.
Não sei como nem porquê, mas os meus companheiros de equipa deram-me a roda da frente, assim que largámos de Almeirim. Não gosto dessa situação, porque fico com a sensação de responsabilidade, de ter que puxar pelos outros, e eu não iria querer decepcioná-los. Sou muito inexperiente, não costumo correr com outros, e sabia que se gastasse muitas energias me iria ser fatal lá mais para a frente. Mas sabia que iria ter de trabalhar para a equipa, teria que calhar a todos, logo outro me iria substituir na frente. Pelo que, sem forçar muito, mas mantendo um passo certinho e vigoroso, lá fui conduzindo a equipa.
E a coisa estava a correr tão bem, que ainda dentro de Almeirim, apanhámos a equipa que tinha partido antes de nós. E até Alpiarça fomos consecutivamente ultrapassando mais três ou quatro. E nem sinal de alguém estar interessado em me revezar na frente da corrida...
Até que o Vargas saltou lá de trás para pôr ordem na corrida, mandando-me descansar, e fazendo avançar outro. E assim fomos pedalando uns quilómetros até sermos apanhados por duas equipas que vinham de trás, e que se colaram a nós, tendo daí advindo que o ritmo baixou consideravelmente, já que ninguém queria trabalhar para os outros, e a corrida morreu. Era como se tivéssemos subitamente passado de um contra~relógio para um vulgar passeio de cicloturismo. Em vez de mantermos um ritmo certo, passámos a ter que fazer uso dos travões, e a evitar a roda do que nos precedia. Desejei muito que saíssemos dali, e tentei incentivar os mais jovens da nossa equipa a trabalharem, para deixarmos os outros para trás. O que eles fizeram, mas se me revelou fatal. Na casa do Benfica correm dois putos mesmo bons, e quando eles pegaram na corrida esfrangalharam completamente o pelotão que se havia formado. No primeiro arranque deixaram mais de metade para trás, e com o decorrer da corrida só os melhores se mantiveram com eles. Compreendi que se alinhasse naquilo iria depois pagar bem caro. Até aí tinha sido fácil, muito fácil, mas agora estava a ficar no elástico. Preferi abdicar, podia ter feito um esforço para me manter com eles, mas mais cedo ou mais tarde não iria aguentar, e iria ficar vazio, pelo que era preferível esperar por uma equipa que viesse de trás, e que trouxesse um ritmo acessível.
Só que...a única equipa que apareceu, os do Cartaxo, ou traziam o Contador, o Basso e o Armstrong com eles, ou beberam gasolina ao pequeno-almoço...Não pedalavam, voavam!!! Com rodas lenticulares, atitude de profissional, até metiam medo...Encolhi-me e deixei-os passar, nem esbocei uma tentativa de ir com eles. Fiquei sozinho, era mesmo o que eu não desejava. Sabia que sozinho não ia a lado nenhum, é chover no molhado, ir-se-ia revelar difícil, muito difícil mesmo.
Lá à frente pedalava um que se via que podia ser útil. Tinha atitude.
Fui ultrapassando muitos que haviam ficado para trás, mas eram gente que não podiam ajudar, já iam rebentados. Aquele lá mais à frente é que me interessava.
E ele não percebia que devia esperar por mim...
Até que lá logrei chegar até ele. Segui uns minutos na sua roda. Depois passei para a frente, para ser eu a puxar. O que ele interpretou como um desafio...E arrancou a ver se me largava. Segui-lhe na roda, e quando deu sinais de fraqueza voltei a puxar, podíamos colaborar, teríamos mais hipóteses de chegar a um grupo mais avançado.
Mas ele nunca entendeu assim...Sempre achou que estava a disputar qualquer coisa comigo...
Bom, fosse como fosse, a verdade é que acabámos por fazer muitos quilómetros em companhia, se bem que extenuantes.
Até que finalmente surgiu atrás de nós uma equipa inteira, mais uns tantos pendurados.
Pendurei-me eu também.
O meu companheiro de infortúnio voltou a não entender as coisas...Pedalou por um quilómetro ou dois à frente dos outros, tentando não ser alcançado, o que naturalmente não seria possível. Por minha parte instalei-me confortavelmente no meio deste pequeno pelotão, e deixei-me conduzir até à meta. O meu companheiro rebentou e ficou para trás, voltando a pedalar sozinho...
Voltava a ser fácil. No meio do pelotão não se sofre, basta ir com eles.
Quando cheguei havia ainda equipas a partir. Tempo para uma agua e um duche, antes da sopa de pedra que nos iriam servir daí a pouco.
No ano que vem não vou faltar. É uma corrida com muitas emoções. Não se pode desperdiçar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

180 - POR UM PAR DE MAMAS...

Frequentemente, ao passar por alguns lugares nestas minhas andanças do ciclismo, vêm-me à memória imagens que retenho no meu subconsciente, sítios que recordo mas que não sei onde são, ou episódios que se passaram e ficaram esquecidos.
Foi o caso desta Marcha Villa de Espartinas. Quase no final da tirada passámos pela localidade de Villanueva del Ariscal e, num determinado local lembrei-me duma coisa má que me aconteceu naquele sítio, na minha primeira participação, já lá vão quatro anos.
Tínhamos completado o "tramo livre", e voltávamos a Espartinas para o final da prova. Vínhamos em bom ritmo, se bem que já não estivéssemos em competição. Passámos Sanlúcar la Mayor e entrámos na vila de Villanueva del Ariscal, onde o pelotão se foi alongando pela rua principal.
A corrida era controlada por batedores da Guardia Civil, que faziam parar o trânsito em sentido contrário, mas mesmo sendo quatro ou cinco, não podem estar em todos os lugares.
A rua enfunilava ao chegarmos à parte mais central. Uns metros antes, no lado direito da estrada, uma espanhola "guapíssima"dos seus 3o anos, "salerosa" como elas sabem ser, tirava uns sacos de compras do seu automóvel. Quando se baixou para pegar nas compras, o vestido deixou ver uns peitos belíssimos, pendurados pela inclinação do seu corpo. Não pude evitar admirar aquela cena, que fazia levantar a moral e a testosterona, tão necessária neste desporto.
Subitamente, à minha frente, toda a gente travou. Em sentido contrário vinha um carro, que escapou à vigilância dos batedores da polícia. Os ciclistas, atentos, travaram para evitar o choque. O carro travou também, ao aperceber-se dos ciclistas. Mas eu estava distraído!!!
Numa fracção de segundo, guinei para a esquerda, evitando bater nos companheiros à minha frente. Nem deu para travar, aliás se o tivesse feito seria pior, com a velocidade que levava iria cair, ou bater neles de qualquer modo. Só guinei para a esquerda, foi uma reacção instintiva.
A bicicleta dançou no asfalto. Para a esquerda, e depois para a direita. E uma vez mais para a esquerda, num "cai que não cai", até que fiquei pendurado numa cerca, que limitava um terreno com cavalos e burros, do lado oposto da estrada. Nem cheguei a tirar os pés dos pedais. Fiquei assim, agarrado à cerca, montado na bicicleta, ao lado do carro entretanto imobilizado.
Por um par de mamas podia ter tido um acidente grave...

179 - FOTOS DE ALEJANDRO GONZÁLEZ








Alejandro González, grande amigo de Espartinas, e que correu o Portimão-Fóia no ano passado, e também grande amigo de Portugal, e que até faz questão de escrever em português nos mails que troca comigo, enviou-me hoje algumas fotos da chegada à meta do grupo vencedor, e mais algumas dos ciclistas portugueses.
Um abraço, Alejandro.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

178 - A AMIZADE EM ESPARTINAS.



Pastéis de nata! Pastéis de nata comeram-se ontem em Espartinas, Sevilha, por ocasião da 8ª Marcha Cicloturista Villa de Espartinas.

É já bastamente conhecida a amizade que me une aos companheiros daquela localidade dos arredores de Sevilha, e tinha uma dívida de gratidão para com eles. Por amizade vieram no ano passado participar na Portimão - Fóia, e por amizade juntaram-se a nós no Passeio do meu clube, Juventude Desportiva das Fontaínhas em Novembro.

Para retribuir essa visita formámos uma pequena delegação do nosso clube composta pelo Ricardo Diogo, o Francisco Costa e eu. Acordei às 4 da manhã, depois dum intenso dia de trabalho que se prolongou até às 10 da noite. Às 5 já estávamos a sair de Albufeira.

Fomos intensamente saudados à chegada a Espartinas. Não só pelos companheiros locais, mas por muitos que já me conhecem, e que eu, para ser honesto, tenho dificuldade em reconhecer. São tantos os que me saúdam que eu nem sei quem são.

Sabendo, pela experiência de algumas corridas mal sucedidas das últimas vezes, que deixar-me ir no final do pelotão me seria prejudicial, optei por colocar-me desde o início à cabeça. Ainda assim, ainda dentro de Espartinas, me vi surpreendido pelo ritmo incrivelmente rápido com que a corrida arrancou, e vi-me grego para conseguir não me deixar ficar para trás. Assim que me foi possível passei para a frente, e ali me mantive até ao final da prova. É extraordinário como se sofre muito menos se vamos à frente. Tinha aprendido isto na tropa, sabia que era assim, mas às vezes uma distracção, uma conversa com os outros, pagam-se muito caro. Se, por alguma razão perdemos a roda de quem segue à nossa frente, deixamos um metro de fosso, que rapidamente se transforma em dois ou três, fazemos um esforço suplementar para nos recolocarmos, e isso reflecte-se logo de seguida. Parar para urinar, para vestir um impermeável, pode ser fatal. Um camarada do Club Ciclista La Escalada que furou, foi ao carro-oficina trocar de roda, e posteriormente colocado atrás do pelotão. Mas o sair do carro e montar-se na bicicleta, foi suficiente para ficar cem metros atrás dos outros. Esforçou~se até à exaustão para recolar e quando logrou chegar até ao pelotão estava rebentado. Teve que abandonar a corrida...

Outra razão importante para ir na frente são as subidas, mesmo as mais ligeiras. Ali chamam-lhes "repechos", e são conhecidas por fazerem mossa em muita gente. Eu, por exemplo. Cada vez que tenho que enfrentar uma, sinto toda a gente a passar por mim. Por isso, se for bem colocado, sou ultrapassado por muitos, mas nunca chego a ficar para trás, e assim que a subida acaba, logro recuperar rapidamente, porque não sou mau a rolar, e volto de imediato à cabeça da corrida. O curioso é que se os da frente facilmente me ultrapassam, os mais atrasados são também facilmente ultrapassados por mim. Se acaso enfrento um "repecho" quando estou mal colocado, é-me muito fácil ultrapassar uma grande quantidade de gente.

Mais curioso, para mim, que só estou nisto desde os 48 anos, é que sendo péssimo a subir, se me vejo num grupo mais atrasado, tenho que ser eu a puxar por eles, quando se trata de subir.
Foi o que aconteceu quando deixámos o terreno plano e iniciámos a subida para o Puerto del Acebuche, onde estava instalada a meta do "tramo libre", um percurso de roda-livre de 23,5 km, com chegada ao alto. Os mais jovens e melhor preparados arrancaram que nem balas. Não tive pulmões para ir com eles. Conformei-me em seguir com os do meu nível. Sempre que de trás aparecia um com mais pedalada, eu seguia na sua roda, aproveitando para chegar a um grupo mais avançado, e depois seguir com eles. Até que finalmente encontrei um grupo que seguia ao meu passo. O que puxava exibia um "maillot" deveras curioso: anunciava aquilo que me parecia ser um "puticlub", uma casa de meninas...a fazer lembrar as camisolas da Associação Académica de Viseu, que são patrocinados por um bordel de Fuentes de Oñoro. Na verdade trata-se afinal, neste caso, de um Bar-Pub de Karaoke, e a menina estampada nas costas da camisola o que tem na mão é um microfone...Não cheguei entre os melhores, mas também não foi assim tão mau. Houve bastante gente que chegou muito depois de mim. O importante é constatar que ainda cá estou para as curvas, que afinal de contas ainda não são horas de arrumar a "burra". Passei por tempos de incerteza, mas provei a mim mesmo que vale a pena batalhar por aquilo que nos dá prazer. Domingo que vem vou a Almeirim participar na Rota da Sopa da Pedra, correndo pelos de Vila Real de Santo António.
Quanto ao resto da corrida de Espartinas não há muito a dizer. Decorreu na mais absoluta normalidade, sempre com os da frente, para evitar percalços. Ainda senti uma dorzinha numa perna, que depressa se desvaneceu, sinal de que estou mais ou menos em forma.

O almoço foi um "flop", não chegou para todos, como aliás tem sido habitual nas corridas espanholas. O que salvou a coisa foram os pastéis de nata que levámos para partilhar com os companheiros espanhóis, que ficaram deliciados com eles.










GALERIA FOTOGRÁFICA EM http://picasaweb.google.pt/joaocnsdias/Espartinas2010?feat=directlink#