terça-feira, 15 de junho de 2010

180 - POR UM PAR DE MAMAS...

Frequentemente, ao passar por alguns lugares nestas minhas andanças do ciclismo, vêm-me à memória imagens que retenho no meu subconsciente, sítios que recordo mas que não sei onde são, ou episódios que se passaram e ficaram esquecidos.
Foi o caso desta Marcha Villa de Espartinas. Quase no final da tirada passámos pela localidade de Villanueva del Ariscal e, num determinado local lembrei-me duma coisa má que me aconteceu naquele sítio, na minha primeira participação, já lá vão quatro anos.
Tínhamos completado o "tramo livre", e voltávamos a Espartinas para o final da prova. Vínhamos em bom ritmo, se bem que já não estivéssemos em competição. Passámos Sanlúcar la Mayor e entrámos na vila de Villanueva del Ariscal, onde o pelotão se foi alongando pela rua principal.
A corrida era controlada por batedores da Guardia Civil, que faziam parar o trânsito em sentido contrário, mas mesmo sendo quatro ou cinco, não podem estar em todos os lugares.
A rua enfunilava ao chegarmos à parte mais central. Uns metros antes, no lado direito da estrada, uma espanhola "guapíssima"dos seus 3o anos, "salerosa" como elas sabem ser, tirava uns sacos de compras do seu automóvel. Quando se baixou para pegar nas compras, o vestido deixou ver uns peitos belíssimos, pendurados pela inclinação do seu corpo. Não pude evitar admirar aquela cena, que fazia levantar a moral e a testosterona, tão necessária neste desporto.
Subitamente, à minha frente, toda a gente travou. Em sentido contrário vinha um carro, que escapou à vigilância dos batedores da polícia. Os ciclistas, atentos, travaram para evitar o choque. O carro travou também, ao aperceber-se dos ciclistas. Mas eu estava distraído!!!
Numa fracção de segundo, guinei para a esquerda, evitando bater nos companheiros à minha frente. Nem deu para travar, aliás se o tivesse feito seria pior, com a velocidade que levava iria cair, ou bater neles de qualquer modo. Só guinei para a esquerda, foi uma reacção instintiva.
A bicicleta dançou no asfalto. Para a esquerda, e depois para a direita. E uma vez mais para a esquerda, num "cai que não cai", até que fiquei pendurado numa cerca, que limitava um terreno com cavalos e burros, do lado oposto da estrada. Nem cheguei a tirar os pés dos pedais. Fiquei assim, agarrado à cerca, montado na bicicleta, ao lado do carro entretanto imobilizado.
Por um par de mamas podia ter tido um acidente grave...

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