88 - FÉRIAS COM A BICICLETA

Escolhi a Itália, e mais precisamente Riccione, para fazer estas férias por razões muito concretas. Primeiro porque a Itália me encanta. A sua gastronomia, a sua cultura, os seus habitantes, as suas paisagens, a sua história...Depois porque na zona da Emilia Romagna existem grandes tradições de ciclismo e de cicloturismo, e aí se desenvolveram grandes projectos de turismo ligado à prática da utilização da bicicleta, e os hotéis dedicados ao tema ciclismo são muitos. Depois porque é a zona onde nasceu Marco Pantani, a zona de grandes etapas do Giro, a zona da célebre cicloturistica "Nove Colli".

A escolha recaiu em Riccione, um lugar que se revelou magnífico, com uma vida espectacular, e onde a afición pelo ciclismo é do mais incrível que se possa pensar. Todo o dia bandos de cicloturistas vão para cá e para lá, e as estradas do interior são um mar de bicicletas.

O hotel Dory dispõe de oficina e aluguer de bicicletas, bem como de guias e monitores especializados, falando inglês, alemão e francês, mapas com percursos detalhados para os cicloturistas, packs de abastecimento para os corredores, serviço de "bus" para o caso de avarias longe do hotel, programas especiais para os acompanhantes, refeições de recuperação à base de pasta, bananas, bebidas energéticas,etc. Um paraíso para quem gosta de ciclismo. E um equipamento com as cores do hotel para os seus clientes ciclistas. Para além daquilo que é normal: piscina, banho turco, ginásio, restaurante,etc...

Escolhi um percurso de dificuldade alta, porque era isso que eu procurava. Na subida de San Marino para Montescudo são 7 km com pendente média de 18%, tão agrestes que os carros são convidados a assinalar a sua presença com a buzina, por ser impossível saber que estão atrás da próxima curva. A minha mulher desceu com o carro, mas já não ousou subir. De qualquer modo mantenho a minha convicção: o Alto do Malhão, apesar de ter só 14% é muito pior. Ali era inclinado, mas dava para respirar. No Malhão é muito difícil encher o peito de ar, às vezes parece que não vou conseguir.