quinta-feira, 30 de abril de 2009

109 - O CALENDÁRIO DO CICLOTURISMO

Apercebi-me que a data original da Clássica Portimão-Fóia batia com o dia programado para as Eleições para o Parlamento Europeu numa conversa com elementos do Grupo de Cicloturismo Cacelense, que haviam planeado o Passeio do clube para a mesma data, e que naturalmente se tornava inviável, por não serem permitidas manifestações desportivas em dias de actos eleitorais.

Olhando para o meu calendário de possíveis eventos cicloturísticos verifico que no dia 3 de Maio há simultaneamente os Passeios de Beja e do Campesino. A qual hei-de ir? Realmente Beja não faz parte do Algarve, mas o seu Passeio de Cicloturismo é já um hábito para muitos clubes algarvios. Perderá provavelmente o Campesino por não ter escolhido um dia diferente para o seu Passeio. Ou perderão os dois clubes. A mesma data não serve nem à Casa do Benfica de Beja nem ao Campesino. Lamentável.

Seguindo ainda o meu calendário noto que a 10 de Maio há Passeios em Faro(Coobital), Ferreira do Alentejo, Pechão e o Raid Alcoutim-Tavira. Tudo no nosso raio de acção. Mais uma vez lamentável.

A 31 do mesmo mês, segundo o Calendário, há o Passeio do Inatel de Faro e a Apexa marcou o seu para o mesmo dia.

Recordo que para terminar a época transacta a Associação de Ciclismo do Algarve marcou um Passeio de encerramento da época, exactamente para a data que a Federação de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicletas tinha agendado para o seu tradicional e habitual Passeio de Final de Época no Algarve. Esta foi mesmo feia...

Sou sócio da FPC-UVP e da FPCUB simultaneamente. Tal como muitos outros cicloturistas. Nada nos impede disso, e não aprovamos confrontos entre duas entidades que defendem e servem a prática do cicloturismo. Nós, os que gostamos de andar de bicicleta, não nos interessamos por guerrilhas e questiúnculas. Queremos é cicloturismo e convívio são entre todos.

Por isso acho que seria possível, antes que a nova época se inicie, sentarem-se à mesma mesa, que pode ser neutra, TODOS os envolvidos no Cicloturismo algarvio (clubes, ACA, FPCUB, Apexa, outras entidades particulares), para delinearem um Calendário de 2010, onde não colidam interesses, e que cada Passeio não prejudique o Passeio de outro clube. Basta um pouco de vontade e um pouco de sentimento cristão (ou humanista, se quiserem). No final deste Post há um link para escreverem os vossos comentários, tenham a liberdade para o fazer.

Se for possível fazer tal encontro (e este blogue pode servir de plataforma para isso) seria bom que se aproveitasse para discutir que cicloturismo temos no Algarve, que podemos nós fazer para o melhorar, como podemos atrair mais gente para ele, como podemos trazer para os nossos clubes os cicloturistas que preferem correr sozinhos ao fim-de-semana.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

108 - DESAPONTAMENTO E FRUSTRAÇÃO EM GUILLENA









Grande sofrimento em 26 de Abril para concluir o "tramo livre" da primeira Marcha do Circuito Provincial de Sevilha.

O Inverno rigoroso deste ano impossibilitou-me de estar em boas condições para este início de época. Dos 69 quilos do ano passado cheguei aos 78 até há 2 semanas. Recuperei até aos 75 mas estou claramente muito mal. E não é só peso a mais. É falta de forma que se reflectiu em ácido láctico nos músculos das pernas.

Para ajudar, fui apanhado nas teias dos resfriados que grassam lá no trabalho, e estive com tosse nas últimas semanas. Tomei tantos medicamentos que sentia que estava a ficar debilitado por eles, e comecei a tomar vitaminas e minerais para recuperar. Mas o pior só se anunciaria em plena corrida...

A Marcha de Guillena, organizada pelo Club Ciclista Giralda e este ano na sua 3ª edição, passa a integrar um denominado Circuito de Marchas Cicloturistas por la Província de Sevilla con Tramo Libre, composto por sete etapas, a saber: Guillena, Brenes, Puebla de Cazalla, Espartinas, Fuentes de Andalucía, Lora del Río e Carmona. A classificação é atribuída por sistema de pontos, segundo a ordem de chegada à meta, por ordem inversa. Ou seja, ganha aquele que fizer menos pontos.

Parti para esta Marcha com um companheiro de estalo: o Mário de Messines!!! Estava decidido a estrear as suas rodas de carbono novas, sapatos XPTO, corrente com brilho de nunca ter sentido o pó da estrada. E uma fatiota toda "chic" do seu nóvel clube: Ferrari Club de Lisboa...

Às 4 da manhã, quando o despertador tocou, o dia prometia: chovia a potes...Seria que valia a pena? Mas não podia desapontar o Mário...Tinha mesmo que por-me a caminho...

Chegámos a Guillena e a chuva não parava. A maioria dos inscritos não estava disposta a fazer-se à estrada.

O comité organizador optou por não cancelar a corrida, por respeito aos que viajaram de muito longe, mas decidiu não penalizar aqueles que se apresentaram em Guillena, mas que não estavam decididos a correr, atribuindo-lhes uma pontuação simbólica. Mas é claro que a não participação de um grande número de ciclistas foi prejudicial para mim: só os que acreditavam estar em condições de ganhar é que iriam montar as bicicletas.

E cedo se verificou que os menos habilitados não tinham condições para estar naquela corrida. Um após outro foram desistindo, e subitamente, quando julgava estar bem colocado no pelotão, por serem poucos os que seguiam à minha frente, senti que os carros de apoio estavam directamente atrás de mim. Ou seja, estava em último. E com enormes dificuldades para seguir no reduzido pelotão.

Até que me vi completamente só! E o fosso a cavar-se cada vez mais entre eles e eu. Só que, para pontuar tinha que chegar à meta do "tramo livre". Comecei a ficar exausto, correr sem um pelotão é muito mais difícil. Comecei a sentir o vento de frente e tornar-se tudo muito mais duro. A partir desse momento o esforço passou a ser descomunal. E o pior chegou: fui operado às hérnias no ano passado, e tenho sempre sentido dores nos testículos desde então, mesmo quando treino. Mas submetendo-me a um tão grande esforço as dores tornaram-se atrozes, doía-me o baixo-ventre, já não conseguia sentar-me no selim. Começou também a doer-me a perna direita, só queria ver a meta, mas os quilómetros pareciam ser dez vezes mais compridos que o normal. E a estrada empinava, empinava sempre. Sofrimento, frustração, desilusão...Ninguém consegue imaginar quanto sofri...

Não sei como vai ser daqui para a frente. Chegado a Albufeira fui ao meu médico, que me remeteu para o hospital onde me operaram. Só os treinos dos próximos dias dirão se consigo continuar. Vamos a ver...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

107 - O TINO

Stage du Soleil, 16 de Março de 2009. Com o equipamento do Tavira...
É o meu cunhado Tino, grande amante do ciclismo, vive em Neuchatel, na Suíça, mas quando vem de férias a Portugal não deixa de trazer a bicicleta para darmos umas voltas juntos.
Na foto, tirada no mês passado em França tomava parte num "campus" de ciclismo realizado em França, como aliás faz todos os anos. Para aprender, diz ele! Como se ainda precisasse de aprender...
Tem grandes responsabilidades neste meu amor pelo ciclismo. Foi o grande impulsionador deste meu passatempo, telefonando, espicaçando. Foi quem me ofereceu o primeiro equipamento a sério, e assim que soube que eu já tinha uma bicicleta de estrada trouxe-me da Suíça TUDO, mas mesmo TUDO o que um ciclista deve ter de equipamento: roupa de Verão, roupa de Inverno, corta-ventos, protectores de sapatos, calças compridas, piratas, luvas para frio, casacos, pneus caríssimos, etc. Até a bicicleta me queria dar...É apanhado da cabeça, tem um coração de Ouro. è uma alegria estar com ele. E pedalar com ele.
Quer convencer-me a ir com ele à Ardechoise. Só falta convencer o meu patrão...

106 - NO ALENTEJO COM JESÚS ROSENDO E JAVIER RAMÍREZ ABEJA


Dei um salto à Volta ao Alentejo para estar com os patronos de duas "Marchas" que costumo fazer em Espanha, e das quais guardo as camisolas. Na foto de cima com Javier Ramírez Abeja, camisola de líder do Prémio da Montanha e a quem a Peña Ciclista de Lora del Río dedica a sua "Marcha", e na outra com Jesús Rosendo, que dá o nome à Marcha organizada pelo Club de Ciclismo de Carmona. Imagine-se a alegria por verem as suas camisolas bem longe do lugar onde era suposto aparecerem. Ficaram radiantes e chamaram toda a equipa para uns momentos de alegria.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

105 - CAMPESINO DO MONTE FRANCISCO












Bem que gostaria de ter participado no seu passeio de 2008. Foi muito original, uma vez que decorreu em dois países, com travessia e abastecimento no ferry que liga Vila Real de Santo António a Ayamonte, e consequente passagem por terras espanholas. Mas no mesmo dia estive noutro passeio a que não podia faltar. A ver se na próxima vez consigo estar presente no passeio desta simpática e empreendedora colectividade.

Manuel José Valério, Luís Lampreia, José Luís Santos, Joaquim Pedro, Hugo Brás, Hans Lewoo, Daniel Guerreiro, Carlos do Carmo e Hélder Gonçalves são os companheiros que frequentemente pedalam connosco por esse Algarve fora.
Notícias sobre o Campesino em http://www.campesinorfc.com/