domingo, 15 de novembro de 2009

149 - XII PASSEIO DA JUVENTUDE DESPORTIVA DAS FONTAÍNHAS











A primeira vez que fui correr a Espanha fi-lo porque tinha aprazado ir participar numa grande corrida na África do Sul, e parecia-me que a Etapa da Vuelta a España, en Almería, seria uma excelente forma de me preparar.
Descobri nesse dia, com grande sofrimento meu, que correr em cicloturistas de Espanha não tem nada a ver com o cicloturismo cócó que se faz no nosso país. Se calhar é assim com tudo, e se calhar é por isso que seguimos como lanternas vermelhas da Europa, simplesmente não gostamos de correr, gostamos mais de ir devagar...
Fiquei naquele dia apaixonado pela qualidade do cicloturismo espanhol, não só pela excepcional dureza do percurso, mas também pelo empenho posto na organização da prova, pela solidariedade de dezenas de voluntários, que a troco de nada aceitam colaborar no trabalho de fazer com que tudo corra bem.
Seguiu-se a Clásica Montera del Torero, em Los Barrios, perto de Algeciras, Zafra, Guillena, Brenes, Lora del Río, Carmona, Fuentes de Andalucía, Espartinas, Málaga, Montehermoso, na Extremadura, já perto de Salamanca e Isla Cristina.
Em todos os lugares fui extremamente bem recebido, carinhosamente tratado, muitas vezes com curiosidade, por ser português. As pessoas queriam saber o que fazia ali, se em Portugal não se fazia cicloturismo. Respondia que sim, mas aquele andar devagar, devagarinho, mandrião mesmo, abrasileirado, do cicloturismo do meu país não ia com a minha maneira de ser, e por isso sempre que podia preferia ir correr em Espanha.
Alguns tinham curiosidade em saber como seria uma cicloturista portuguesa. Pensei que só a Portimão-Fóia e a de Almodôvar reuniam as condições para poder trazer os companheiros espanhóis até ao Algarve.
E assim foi. Alguns camaradas de Espartinas e de Lora del Río embarcaram na aventura de participar numa cicloturista portuguesa. E gostaram. Gostaram por muitos motivos: porque foi mais duro do que esperavam, porque foram muito bem tratados, porque o Algarve é magnífico, porque o ambiente proporcionado pelo Centro de Ciclismo de Portimão foi excepcional.
Por isso, quando o João Espada tratou de os convidar para também virem participar neste XII Passeio da Juventude Desportiva das Fontaínhas, aceitaram de imediato, e entusiasmaram outros para virem. E é assim que hoje estiveram cerca de trinta espanhóis, da Peña Ciclista de Lora del Río, Club de Ciclismo de Espartinas e da Grupeta Jerezana, de Jerez de la Frontera.
Foi o culminar duma semana de grande azáfama e nervos, de muitos telefonemas em castelhano. Felizmente que o mau tempo que afectou o resto do País não chegou a este recanto maravilhoso, como aliás nunca chega. E o modo afectuoso e simpático com que todos trataram os nossos amigos espanhóis faz prever um futuro cheio de coisas boas para todos nós.
O anúncio da vinda dos espanhóis, e a fama que tem, de ser um passeio tradicionalmente de grande qualidade, mercê do empenho do João Espada, fez deste dia uma jornada marcante para o cicloturismo algarvio, com grande participação de clubes desde Aljezur a Tavira. Foram poucos os clubes do Algarve que não estiveram hoje presentes em Albufeira.
Está de parabéns o meu clube, Juventude Desportiva das Fontaínhas.

2 comentários:

  1. essa do cóco, não está assim muito bem metida...

    é diferente e pronto...

    e o amigo não viu todos os cicloturismos de espanha pois não?

    mas conte lá...você ficou é babado com aquela cavalona espanhola???

    ResponderEliminar
  2. boa tarde,

    vi que tirou bem mais fotos do que as que publicou no blog.

    tem mais fotos em algum album online, que possa consultar?

    obrigado

    ResponderEliminar